costumo lanchar aqui na empresa por €0,55: meia torrada e um galão.

às vezes, bebo café, de manhã, por €0,20.
se ao fim de alguns meses os lucros da cafetaria da empresa já podem (e bem:)) pagar convívios e passeios para os funcionários, porque é que isto me havia de espantar ou indignar?

Reparei nisso agora.

Personalizaçao de atendimento. Segmentação de oferta. Produtos à minha medida...

Acho isso francamente positivo.

A questão é:

qual será a idade ou o critério para que esta forma de tratamento mude?

É que começo a temer seriamente abrir as cartas do banco e receber um atestado de adultez, assim, repentino e precoce.

(estar prestes a fazer 24 deixa-me nervosa)

«Em Inglaterra temos um problema, os alemães têm um problema.

Portugal, para já, não o tem.

Por isso não o inventem»
Stephen White, presidente da EMM Media Management, in 'Jornal de Negócios'

Estamos claramente submersos numa crise de optimismo, que eu abomino.

Não é assim que vamos lá.

Ponham os ouvidos neste homem, por favor.

Julgo saber como tudo começou.

Alguém quis uma crise. Dava jeito. Espalhou-se o boato.

Alastrou-se.

Tomámos medidas. Diminuimos o consumo. Deixámos de investir. Tirámos o dinheiro do banco e pusemos os euros debaixo do colchão. Houve quem desesperasse e começasse a roubar (não estou com isto a legitimar ninguém. ladrões e assassinos estão para mim, no mesmo saco). Aumento da criminalidade. Houve quem desesperasse e despedisse funcionários. Houve quem se aproveitasse. Aumento do desemprego. Baixa do investimento. Menos consumo, again.

Oh meu Deus!!!!! Assim somos obrigados a emergir na crise.

Não puxem todos para baixo que isto assim vai mesmo.