Acredito que as pessoas são como os espaços - quando os deixamos por determinado tempo deixam de nos pertencer, no sentido em que deixam de reflectir a nossa presença. Quando estamos longe abrimos os horizontes e, que quando voltamos tudo nos parece pequeno e passado. Ainda que tenhamos saudades...
A falta de um espaço ou de uma pessoa pode permanecer sempre em nós, sob a forma de saudade ou, pode transformar-se em indiferença, quando nos habituamos a conviver com ela.
Não tenho medo de perder aquilo que nunca me pertenceu - mas horror de perder aquilo que em dias, noites, instantes, momentos,... julguei meu, por fazer de mim uma pessoa FELIZ.
Acredito, como Miguel Sousa Tavares "que nada do que é importante se perde verdadeiramente" porque "apenas nos iludimos julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros". Como ele, ...talvez..., eu "não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo poderia ser meu para sempre".
Mas enquanto não for, eu vou pedindo emprestado...
(imagem da Internet)