ainda que tentasses - apetece pensar - não sentirias o sabor das estranhas palavras que teria para te dizer.
ainda que tentasses - apetece pensar - não sentirias o sabor das estranhas palavras que teria para te dizer.
as minhas noites tem sido bem melhores do que os meus dias.
o vazio, antes pelo contrário, não é antónimo de cheio.
às vezes acho que a minha vida dava um blog.
sem posts.
as palavras são sempre curtas e levianas para dizer o quanto as coisas e as pessoas contam.
todas e de forma tão diferente.
as férias são assim: acabam bem quando nos estamos a habituar a elas. naquele exacto momento em que parecia que íamos começar a descansar.
azar dos azares.
nunca fizémos o que programámos, faltou tempo para voltar ao "depois passamos por cá antes de ir para casa",... além disso, o relógio andou sempre descontrolado: nunca sabíamos a quantas andávamos, jantávamos muitas vezes ao lanche, muitas vezes à ceia. foi almoço, o nosso pequeno almoço, muitas vezes.
dormir à noite não foi o nosso forte: as horas de sono não divertem.
arrancadas do sofá à pressa porque o supermercado, ao contrário de nós, tem horários. levantadas em sobressalto porque na praia não se está bem a partir de uma certa hora... e porque este ano "resolveu" chover ou fazer vento...
e porque o concerto começou há dez minutos e vamos chegar atrasados. e o carro que não quer ir para a sessao de cinema. agitação.
e, ainda, não há miúdos!!!
as férias serão sempre imprevisíveis. sempre curtas. mas sempre fantásticas.
(e para quem não contava com elas...)
é surreal que o jornal i deste fim de semana aconselhe as pessoas do meu signo a ingerir menos caipirinhas por dia.
estou de férias, for God sake...
e eu, em férias, não leio horóscopos nem jornais.
viva o romance literário.