A gestão de carreira dos humoristas é uma coisa muito complicada.
Isto porque, se, de facto, a maioria possui dotes de artista, muito poucos se podem gabar de saber administrar esses dotes no tempo.
A verdade é que os últimos anos estão cheios de exemplos desta situação - a ocasião desfaz-se deles enquanto o diabo esfrega o olho.
Senão vejamos:
Herman José, poço de talento - enorme máquina por trás - está na rádio.
Marina Mota - novelas.
Fernando Rocha - ao que parece está de baixa.
Levanta-te e Ri - reformou-se novo.
Lá se vão aguentando no ar os Malucos do Riso e volta e meia os da TVI, mais o Fernando Mendes na RTP (???)- que não os considero humor criativo - mas que lá vão garantindo audiências. (Suspeito que mais dos que ligam e não vêm nem ouvem.)
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Os Gato Fedorento estão de férias - ou em gestão de carreira - até agora muito bem conseguida - mas "cheira-me" que terão igual desfecho. Óptimos, sem dúvida. Humor de Ocasião, bem conseguido. Mas formato que não dura para sempre... e sabemos que nenhum dura, porque somos muito exigentes como espectadores ( e ainda bem).
E sola gasta não percorre caminho. Há que saber remendá-la.